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Desemprego recua para 6,2% e atinge menor nível para o período desde 2012 

 

 

Dados do IBGE indicam mercado de trabalho aquecido, aumento no número de carteiras assinadas e recorde no rendimento médio

 

 

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio de 2025, o menor patamar já registrado para esse período desde o início da série histórica, em 2012. O índice, divulgado nesta sexta-feira (27) pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fica “extremamente próximo” do menor nível já apurado: 6,1%, registrado no trimestre encerrado em novembro de 2024.

Na comparação com o trimestre anterior, encerrado em fevereiro, a queda foi de 0,6 ponto percentual — a taxa naquele período era de 6,8%. Já em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando a taxa era de 7,1%, a retração é ainda mais expressiva.

Segundo o IBGE, o resultado reflete não apenas o avanço no número de ocupados, mas também o fortalecimento de indicadores como o rendimento médio, o volume da massa salarial e o menor número de desalentados desde 2016 — pessoas que desistiram de procurar emprego.

 

 

Mercado em expansão

 

O número de pessoas desocupadas no país chegou a 6,8 milhões, o que representa uma queda de 12,3% em relação ao mesmo período do ano anterior — ou 955 mil pessoas a menos em busca de trabalho. Ao todo, o Brasil encerrou o trimestre com 103,9 milhões de pessoas ocupadas, um crescimento de 1,2% ante o trimestre anterior.

Para o analista da pesquisa, William Kratochwill, os dados indicam um mercado de trabalho aquecido e resiliente, mesmo diante das pressões externas. “Observando os dados, está claro que o mercado de trabalho continua avançando, resistindo”, afirmou a jornalistas. Ele destaca que, embora a taxa de juros elevada tenha o objetivo de conter a inflação, seus efeitos ainda não impactaram o nível de emprego de forma negativa.

Agência Brasil - Tânia Rego

Emprego formal e informalidade em queda

 

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiu 39,8 milhões — um recorde histórico — com crescimento de 3,7% em comparação ao mesmo trimestre de 2024. A taxa de informalidade também apresentou leve queda, ficando em 37,8%, abaixo dos 38,1% registrados no trimestre anterior e dos 38,6% de um ano atrás.

Entre os fatores que influenciaram a redução da informalidade, o IBGE destaca o aumento no número de trabalhadores por conta própria com CNPJ, que cresceu 3,7% no trimestre, somando mais 249 mil pessoas. O total de trabalhadores por conta própria chegou a 26,1 milhões — o maior contingente já registrado. Desse grupo, 26,9% estão formalizados.

 

 

Queda no desalento

A população desalentada recuou para 2,89 milhões de pessoas, o menor número desde 2016. Para Kratochwill, a melhora nas condições do mercado de trabalho tem incentivado a volta de trabalhadores que estavam desmotivados a procurar emprego. “O aumento da ocupação gera mais oportunidades, percebidas pelas pessoas que estavam desmotivadas”, explicou.

Entre os segmentos econômicos analisados, apenas a área de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais apresentou crescimento significativo no número de ocupados, com alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior. O movimento é atribuído à retomada das atividades no início do ano letivo.

 

 

Rendimentos em alta e contribuição previdenciária recorde

Outro dado positivo foi o rendimento médio do trabalhador brasileiro, que atingiu R$ 3.457 — um aumento de 3,1% na comparação com o mesmo período do ano anterior. A massa de rendimentos também foi recorde, somando R$ 354,6 bilhões, indicando mais recursos circulando na economia e maior capacidade de consumo da população.

Com o avanço do emprego formal, o número de contribuintes para a previdência social chegou a 68,3 milhões — o maior já registrado pelo IBGE.

 

 

Inflação e juros: desafios à frente

Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho, o cenário macroeconômico ainda exige atenção. A inflação oficial acumula 5,32% nos últimos 12 meses, acima da meta do governo, cujo teto é de 4,5%. Para conter a alta de preços, o Banco Central mantém a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, o que pode, no médio prazo, reduzir o ritmo da economia e impactar o nível de emprego.

Kratochwill, no entanto, aponta que o comportamento do mercado dependerá das decisões futuras na condução da política econômica. “Como estamos com economia aquecida, o que vem pela frente vai depender muito das políticas econômicas”, conclui.

 

INSS inicia ressarcimento por descontos ilegais a aposentados a partir de 24 de julho
 
Plano aprovado pelo STF prevê devolução de valores corrigidos para 1,5 milhão de beneficiários a cada 15 dias; adesão ao acordo é voluntária

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira (3) o plano do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que prevê o início do ressarcimento aos aposentados e pensionistas que sofreram descontos irregulares de mensalidades associativas em seus benefícios.

Com a aprovação do plano, os pagamentos terão início no dia 24 de julho e ocorrerão em ciclos quinzenais. Cada lote beneficiará aproximadamente 1,5 milhão de pessoas, com os valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação.

Na mesma decisão, Toffoli determinou a suspensão de processos judiciais em todo o país que discutem a responsabilidade do INSS e do governo federal pelos descontos ilegais. O ministro destacou ainda que a adesão ao acordo será voluntária e que os beneficiários que optarem pela restituição deverão retirar as ações movidas na Justiça.

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Acordo entre instituições

O plano de ressarcimento é fruto de uma conciliação firmada entre a Advocacia-Geral da União (AGU), INSS, Ministério da Previdência Social, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Defensoria Pública da União (DPU) e Ministério Público Federal (MPF), com mediação do STF. O objetivo, segundo a AGU, é garantir segurança jurídica e agilidade na devolução dos valores.

Crédito e limites fiscais

Toffoli rejeitou o pedido da AGU para que o STF determinasse a abertura de crédito extraordinário no orçamento federal, afirmando que a medida cabe ao Congresso Nacional. No entanto, autorizou que os valores usados no ressarcimento fiquem fora do limite de gastos estabelecido pelo Novo Arcabouço Fiscal.

Fraudes investigadas

As irregularidades são alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que investiga um esquema nacional envolvendo entidades associativas. A estimativa é que R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Até o momento, R$ 2,8 bilhões em bens já foram bloqueados pela Justiça.

Novo salário mínimo paulista entra em vigor nesta terça-feira e chega a R$ 1.804

Aumento supera em 18,8% o piso nacional e contempla 76 categorias profissionais em todo o estado

 

A partir desta terça-feira (1º), passa a valer o novo salário mínimo do estado de São Paulo, fixado em R$ 1.804, conforme estabelece a Lei nº 18.153/2025, sancionada no início de junho. O valor representa um reajuste de 10% em relação ao piso estadual de 2024 (R$ 1.640) e está 18,8% acima do salário mínimo nacional, atualmente em R$ 1.518.

Este é o terceiro ano consecutivo em que o reajuste estadual supera a inflação acumulada no período. Desde 2022, o crescimento do salário mínimo paulista é de 40,5%, enquanto a inflação no mesmo intervalo ficou em 15,1%.

O novo piso salarial contempla 76 categorias profissionais, abrangendo trabalhadores dos setores de serviços, comércio, indústria, turismo, segurança, agropecuária, construção civil, saúde, telecomunicações, entre outros. O projeto de lei que definiu o novo valor foi aprovado pela Assembleia Legislativa em 13 de maio, durante duas sessões extraordinárias.

 

Categorias contempladas

Entre os profissionais que passam a receber o novo salário mínimo estadual estão:

  • Trabalhadores domésticos, cuidadores de idosos, serventes, motoboys, lavadeiros, auxiliares de serviços gerais, barbeiros, costureiros, garçons, cobradores de transporte, pintores, encanadores, telefonistas, operadores de telemarketing, entre outros.

A lista completa inclui ocupações da base da pirâmide até posições técnicas e de supervisão em diversos segmentos da economia paulista.

A iniciativa, segundo o governo do estado, visa valorização da força de trabalho, estímulo ao consumo e redução das desigualdades salariais regionais.

Para consultar a lista completa das profissões contempladas, acesse os canais oficiais do Governo do Estado de São Paulo.

 

 

Defesa Civil alerta para ventos fortes no estado de São Paulo entre domingo e segunda-feira

Frente meteorológica pode causar destelhamentos, queda de árvores e interrupções no fornecimento de energia

 

 

A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta para a possibilidade de ventos fortes entre os dias domingo (29) e segunda-feira (30) devido à aproximação de um novo sistema meteorológico. Apesar da previsão indicar baixo volume de chuvas, o principal risco está nas rajadas intensas de vento, que podem provocar destelhamentos, quedas de árvores e postes, além de danos à infraestrutura urbana.

As regiões potencialmente mais afetadas incluem a capital paulista, a Baixada Santista, os vales do Ribeira e do Paraíba, a Serra da Mantiqueira, o litoral norte, e as áreas de Marília, Itapeva, Sorocaba, Campinas e São José dos Campos.

Em nota, a Defesa Civil estadual reforça que a população deve adotar medidas preventivas. “Apesar das previsões indicarem acumulados baixos de chuva, o destaque fica por conta das fortes rajadas de vento, que podem provocar diversos transtornos”, diz o comunicado.

 

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Mudanças no tempo na capital

 

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da cidade de São Paulo, a capital terá um domingo (29) com tempo seco e temperaturas em elevação, com mínima de 17°C ao amanhecer e máxima de 26°C à tarde. A umidade relativa do ar pode cair até 45%.

Na segunda-feira (30), a cidade amanhece com céu nublado e mínima em torno de 15°C. Ao longo do dia, há variação de nebulosidade e aberturas de sol, mas a temperatura máxima não deve ultrapassar os 20°C. A umidade do ar se mantém mais elevada, com índices acima de 65%. Apesar das nuvens, não há previsão de chuva para o início da semana.

Ainda segundo o CGE, o avanço de uma nova massa de ar frio deve provocar a queda das temperaturas a partir de quarta-feira (2), com mínimas abaixo dos 13°C durante as madrugadas.